Problemas Sociais Gerados Pelo Etnocentrismo
DE JOÃO PAULO



Com o texto abaixo, eu pretendo fazer com que as pessoas tenham uma reflexão sobre o impacto desagradável que o Etnocentrismo pode gerar no convívio social. Tal doutrina é capaz de gerar conflitos inigualáveis. Muitos problemas sociais poderiam ser evitados caso não fossemos tão apegados ao Etnocentrismo.
O Etnocentrismo se manifesta quando julgamos as ações humanas nos baseando apenas em nossos valores culturais. Tudo o que não se enquadra em tais valores, é visto como errado e tais pessoas errantes não são aceitas. O problema está exatamente no fato de que se basear apenas em nossos costumes culturais seria uma visão extremamente limitada de entender o que acontece ao nosso redor. Um exemplo seria simples: Nossa sociedade determina que ser homossexual não seria “bem vindo”.
Um dos fatores que determinam a sociedade é a cultura. Através da cultura, a sociedade adquire valores próprios, e seus valores fazem dela uma sociedade única, com valores particulares, o que a diferenciam de outras sociedades. Isso é importante para que a sociedade possa se diferenciar de outras e, assim, existir. Cada sociedade é única, com valores culturais diferentes.
Ao mesmo tempo em que esses valores culturais individuais são necessários para determinar uma cultura, vários problemas sociais podem existir através deles. Para Ruth Benedict, a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Baseando-se em seus valores culturais, o homem determina o que seria certo e o que seria errado. E justamente neste aspecto que surge o Etnocentrismo.
O principal problema acontece quando há um choque cultural, ou seja, quando duas ou mais culturas se mesclam. Esse choque cultural é capaz de desastres inigualáveis, podendo acontecer até guerras geradas por crenças opostas, como ocorre em muitos países.
Desde o nascimento, aprendemos a determinar e a concluir atos nos baseando em valores aprendidos dentro de nossa sociedade. Porém, uma pessoa de outra sociedade pode interpretar tal ato por outro ponto de vista. Ambas teriam uma visão contrária do que seria o certo e o errado porque ambas teriam duas culturas opostas. Assim, uma pessoa, baseada apenas eu seus valores culturais, diz o que seria certo e errado, e tudo o que não se enquadra nos mesmos valores culturais passa a ser errado e, logo, tais pessoas errantes não são bem vindas na sociedade e passam a ser excluídas. Mas será mesmo que tais pessoas seriam errantes?
Exatamente neste contexto que surgem os problemas. Será mesmo que uma pessoa precisa ser excluída ou rejeitada simplesmente por não se comportar exatamente como nossa cultura determina? Tal pessoa pode ter sido educada de uma maneira oposta. E assim como temos nossa visão para determinar o que é certo ou errado, tal pessoa tem sua visão, porém oposto a nossa.
E agora? Quem estaria certo ou errado? Nós ou os outros? Ninguém. Então, podemos chegar num ponto em que não há o certo ou errado. Não há o “normal” e o “anormal”. O que realmente existe é que precisamos entender e determinar as ações dos outros não apenas nos baseando em nossos valores culturais. O que é certo ou errado não tem importância. O que importa é o bem estar.

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